" Mas ela gosta de colecionar segredos. Coisas grandes, que ela guarda dentro de uma caixinha. É doce, doce, extremamente doce, tão doce. E ela fica ali, mastigando alegrias. "
( Caio Fernando Abreu )

domingo, 7 de abril de 2013

Leitura da Alma

*Retirada da internet
O instante, a pausa, a noite, o silêncio, tudo vira cilada. 
Me rendo a deixar tudo escrito, converso com minha alma. 
Serei eu rotulada com a loucura? 
Alimento-a de histórias, sopa de versos, contos modestos. 
Banho-a de criatividade, pois sua realidade é cinza e seu sorriso amarelo. 
Para ela, bloco e caneta é o mesmo que chá com biscoitos... doce sensação. 
Infeliz de quem nunca vestiu sua alma de agrados, a largos passos ela cresce e grita felicidade. 
Muitas desejam alforria, poucas tem essa alegria, raramente acontece esse milagre. 
Acham mais vantagem alimentar a carne, essa massa que logo envelhece, que murcha com o tempo.
A alma chora sua ruína, que deixar legado, mas seu dono não autoriza. 
Sente-se inútil, pensa consigo: 
Que desperdício! Prefiro a morte, do que tamanho desgosto! 
Aos poucos fenece, mas ninguém percebe. 
O dono só se preocupa com o corpo.

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"Por vezes sentimos que aquilo que fazemos não é senão uma gota de água no mar. Mas o mar seria menor se lhe faltasse uma gota."
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