" Mas ela gosta de colecionar segredos. Coisas grandes, que ela guarda dentro de uma caixinha. É doce, doce, extremamente doce, tão doce. E ela fica ali, mastigando alegrias. "
( Caio Fernando Abreu )

terça-feira, 16 de abril de 2013

Só assim desencantou...


Quem diria, depois de tantos anos inventando amorosidades, conseguiria ser tão realista com seus sentimentos. 
O que queria mesmo?! 
Só agora expôs seus desejos, os mais tímidos. 
Enfim aposentou seu livro de imaginárias estórias de fadas, despediu o príncipe encantado e seu cavalo azul-bebê, aposentou o vestido de mangas bufantes e o meigo andar de sapatilhas de cristal. 
Tudo muito cintilante e angelical, consequentemente ''disneymaginário''... influência banal. 
Jogou pra cima! 
Viveria agora sob a sombra dos rabiscos de Jorge Amado, pois, queria mesmo era ser amada. 
Limitados por aros, libertados por pouco tempo, como solstícios, mas o que não falta é tempero, vontade e aguda sensação de que bom será. 
Serão manchas no futuro, mas por agora, serão marcas correspondidas. 
Ambos preocupados pós reação existente, no meio disso tudo, foi realizável... no sorriso gesticulado tudo foi dito, e ela achava que não haveria compreensão... houve audácia, comédia e afago no peito encostado. A infinidade de coisas a serem ditas foram saciadas no silêncio do olhar. 
Nada foi perdido.

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"Por vezes sentimos que aquilo que fazemos não é senão uma gota de água no mar. Mas o mar seria menor se lhe faltasse uma gota."
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