" Mas ela gosta de colecionar segredos. Coisas grandes, que ela guarda dentro de uma caixinha. É doce, doce, extremamente doce, tão doce. E ela fica ali, mastigando alegrias. "
( Caio Fernando Abreu )

terça-feira, 11 de junho de 2013

Começo, meio que sem fim

Já não fez por amor...
Todo aquele sentimento límpido que retirou das profundezas de sua alma, 
foi desvalorizado quando facilitou o caminho.
Não queria sentir o que tinha inventado e sim 
o que seria vivido.

Afundou na realidade do momento, protagonizou tudo o que nunca foi.
Nada de demonstrações detalhistas, 
apenas o que era pra ser... sem vírgulas.
Foi por curiosidade, por resolução de enredo, só não foi como a ingenua imaginação sonhara... 
Preferia olhares, palavras, satisfação, gestos comprobatórios de verdade. 

Conseguiu provar para si mesmo que aquilo não tem tanto valor. 
O que realmente valorizava era a presepada inventada pelo seu tosco coração, 
e por sinal, um bom trabalho, 
pois por muito tempo acreditou em tudo o que vinha de dentro.

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"Por vezes sentimos que aquilo que fazemos não é senão uma gota de água no mar. Mas o mar seria menor se lhe faltasse uma gota."
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