" Mas ela gosta de colecionar segredos. Coisas grandes, que ela guarda dentro de uma caixinha. É doce, doce, extremamente doce, tão doce. E ela fica ali, mastigando alegrias. "
( Caio Fernando Abreu )

segunda-feira, 30 de dezembro de 2013

O tudo em uma coisa só


Preencher espaços...
Condenar tristezas...
Amansar dúvidas...
Construir certezas...
Fortalecer elos...
Combinar atos...
Selecionar loucuras...
Não controlar risos...
Perdoar atrasos...
Sustentar os sonhos...
Limitar a dor...
(...)
(...)
(...)
...Saber viver de amor.

terça-feira, 29 de outubro de 2013

Em fuga

É bem verdade que agora sua ausência dissipa meus demônios.
Foi preciso chegar mais perto pra enxergar a linha torta que desenhava, 
mesmo sabendo que a soma não garantiria perfeição.
Das gorjetas criei minha felicidade e a cada aurora colhia flores murchas.
Sentava no chão do espaço que mal me cabia, 
esperando um rastro de vida, mas só ouvia a voz do silêncio dando aulas de brio.
E no fio da coragem teci o manto da renuncia, decorando desapegos e costurando novos enredos.
Tamanho?... 
Serei grande!
 Voarei nos cumes, além dos meus falsos limites, superando as direções contrárias do destino.

quarta-feira, 23 de outubro de 2013

Sobras e pó



Aqui pensando em tudo que sonhava, desde o instante que tudo começou, na inocência dos atos. Encantadores momentos, inesquecíveis. 
Hoje percebeu que ficou com os restos, aceitando as sobras que  julgava preencher espaços. 
Contentava-se com o pouco, porque sentia muito. 
Enterrava as discordâncias porque queria o farelo oferecido, acreditava no que vivia, mesmo sabendo que não era real. 
Sabia que ele não se importava, mas o que mais doía era ver seu mundo sendo esmagado por mãos indiferentes. 
Era como beijar lábios inertes, apenas o desejo do beijo é que dava vida à um gesto solitário. 
E as coisas pequenas foram por ele esquecidas, talvez pisadas sem importância, mas ainda era lá que ela se fazia revelar. Sucata era um triste fim para um sentimento com tamanha grandiosidade. Aprendeu que há sonhos que por mais belos que sejam não valem a pena serem realizados. 
Talvez a beleza esteja na moldura que é colocada sendo que a foto... simples papel. 
E assim chegava o fim, a consumação do enredo, que desejou nunca ter criado, já sabia das feridas e da ausência de cura, entretanto acreditava ser seu destino.

domingo, 20 de outubro de 2013

O que carrego?



Meus caminhos nunca são os mesmos, as rotas divergem, bagunçam minha mente.
Tropeço no medo e na insanidade, confundo vocação com vontade, sigo o belo mas só até a metade.
Carrego saudade, fatos, fotos e curiosidades.
Falando não explico, escrevendo me identifico, caminho com muitos, mas é sozinha que me sinto bem.
Confesso, sou o contrário, é desse argumento que me valho.
O que sinto é paixão por tudo aquilo que o amor se revela, vejo além - danos e vantagens - e gostando de lembranças se gosta de viagens. 
Não assisto sofrimento, nesse caso, caso com o silencio. Se for pra sofrer, que seja de amor... de amor ninguém sofre e sim de rejeição, então, quanto a isso não há preocupação.

sábado, 19 de outubro de 2013

Quem entende?

Palavras são poucas para tantas coisas que precisam ser ditas, pensamentos se entrelaçam uns com os outros causando choques entre si, explodindo em pedaços confusos, poluindo toda estrutura, confundindo a lucidez. Soluções surgem de um único raciocínio lógico, que depois de segundos, como crias bagunçam os sentidos, dando nó em linha, enroscando partes cruciais do desfecho em ganchos dispensáveis para tal sentido. Sentido esse que está perdido entre o ontem e o hoje. Enquanto permaneço calada, sem nenhum tipo de contato com o lá fora, o que sinto aqui dentro é como um mar revolto sem motivo, onde as ondas batem violentamente contra as rochas, que estáticas, não sabem o motivo de tamanha movimentação.

sexta-feira, 18 de outubro de 2013

O amor tem dessas...


Sentimentos são complexos, muitas vezes invadem nosso pacato coração. É curioso analisar o comportamento de quem está apaixonado. Decidimos tomar uma atitude, cheios de razão, pensando coisas do tipo: Não vou ligar! E quando a pessoa ligar, vou tratar com absoluta firmeza e impor minhas condições, vou adquirir frieza e não me deixarei envolver desta vez. 
Acontece que quando o telefone toca... Ah... Quando o telefone toca! 
Nervoso se mistura com felicidade, a firmeza tem amnésia e a frieza se esconde de modo que ao atender o telefone, a voz adoça e os ouvidos, infelizmente rejubilam por escutar quem te desarma com um bom dia. Alguém consegue dominar um coração envolto de amor? Ou um estomago cheio de borboletas?
 Sentimentos são ousados e imprevisíveis, e por sorte, o amor é o mais atrevido, incontrolavelmente tentador. As vezes, ele manda na gente, em outras ele é passivo. E se não for correspondido, então pra que serve o amor? Quando isso acontece, a bagunça toma conta, o sofrimento caminha ao lado e nada serve, só a pessoa amada. 
A verdade é que nosso corpo sempre está submisso aos caprichos do coração e não adianta fechar as portas, pois até a melhor fechadura tem 'rabo preso' com os assuntos do dito cujo.

quarta-feira, 16 de outubro de 2013

Guarda Celeste


Acontece, tem que esperar pra ver
Deus te olha lá do seu azul quintal
Lança estrela em forma de sinal
Quer ouvir seu eu em oração
Separar desejos do real.

Lua chama o olhar do que mais sonha
Clama ao vento sopro consolador
Reza lenda, se a alma não vigora
Chuva molha a razão do sofredor.

Quem retoma seu olhar pra o céu
Cresce rios do seu interior
Vai abrindo rota da nascente
Celebrando sonho que retornou.

terça-feira, 25 de junho de 2013

Restrito e particular

Optei por guardar coisas pequenas em meu peito. 
Apesar do grande espaço disponível, 
escolhi caixinhas, encostando em um cantinho, em uma  área especial. 

Nessas canastrinhas pude conservar aquecidos todos os olhares, 
gestos discretos, sorrisos tímidos, abraços docemente apertados... 
guardo também minhas reações em cada sensação do momento, 
todas as borboletas que invadiram meu estômago estão lá. 

Nem percebo quando alguém se aproxima, 
estou tão tomada de emoções que a nostalgia bloqueia meu sentidos. 
Perguntam onde eu estava: 
-Consultando meu arquivos. 
Falho disfarce. 
Todos vêem que as borboletas me rodeiam.

domingo, 23 de junho de 2013

Nosso tempo

Aqui, 
nesse por enquanto, 
rezo para que o restante do fim 
dignifique o passado de memórias vivas nos passos suaves, 
dados em nossa história compartilhada. 

Que a velhice não se torne pedra difícil de rolar, 
que não seja medo de arriscar, 
que nossas tralhas contem histórias, aliás...
que nossas histórias estejam gravadas em nosso olhar. 

E que os brancos fios surjam para mostrar 
que fomos tão insistentes quanto eles 
em recomeçar sempre que necessário.

sexta-feira, 14 de junho de 2013

Chove lá fora, aqui dentro molha

Reverencio a chuva, 
por me conceder tamanho aconchego ao observá-la, 
caindo vigorosamente e escorrendo lentamente pelo vidro do carro. 
Me envolvendo de pequenos detalhes passados que foram motivos de grande alegria. 

Me desfaço em cada gotícula escorrendo, descendo a rota, 
encontrando suas companheiras ávidas por se unirem rumo a um único destino. 
Em mim, lá no meu íntimo, as gotas assemelham-se a pequenos retalhos de lembranças, 
que juntas, criam o sentimento mais angustiante e inevitável: 
a saudade. 

Fazendo com que todos os pingos ardentes em te ver, 
tomem mais forma e sejam mais constantes, 
criando assim uma enxurrada de emoções a escorrer pelos meus olhos. 

Retomar o reinado

Revertendo esta etapa que me atenta, 
me atrevo a passar um corretivo por cima 
e escrever as histórias que não me torturam tanto.

Percebo que assim serei mais leve, 
mais disposta a encarar toda adversidade de consequências 
que ameaçam a perturbar ostensivamente. 

Reverto esse quadro respirando outro tipo de solução, 
sucateando tudo que sobrou, 
sem sentir dó desse resto que permaneceu. 

Ao invés de me machucar com essas sobras, 
vou aproveitar ao máximo a escassez da penosa carga que carregava 
sem ao menos lembrar que foi à dores que sobrevivi sem sua presença.

quarta-feira, 12 de junho de 2013

A incerteza é certa!

E se tivesse sido?
Talvez não teria ficado, talvez não seria como é... 
mesmo não sendo, de fato. 
As respostas fogem, depois de tantas chances desperdiçadas, 
o coração alagado de incertezas, 
a razão coberta de si, somam caminhos errôneos. 
E a cada dia uma estrela despenca do céu, 
por saber que sua existência é vã 
e insuficiente para iluminar o caminho assim proposto. 
Em painel tentamos recolocar as razões, 
nos iludimos com estrelas à tinta e glitter, 
que penduramos para tentar abrilhantar os passos, 
mesmo que dados de forma cambaleante. 
Nessa busca cega de trazer a felicidade para nossa rota, 
acabamos por não rastrear o percurso mais apropriado 
para que a mesma esteja confortável em nos acompanhar.

terça-feira, 11 de junho de 2013

Começo, meio que sem fim

Já não fez por amor...
Todo aquele sentimento límpido que retirou das profundezas de sua alma, 
foi desvalorizado quando facilitou o caminho.
Não queria sentir o que tinha inventado e sim 
o que seria vivido.

Afundou na realidade do momento, protagonizou tudo o que nunca foi.
Nada de demonstrações detalhistas, 
apenas o que era pra ser... sem vírgulas.
Foi por curiosidade, por resolução de enredo, só não foi como a ingenua imaginação sonhara... 
Preferia olhares, palavras, satisfação, gestos comprobatórios de verdade. 

Conseguiu provar para si mesmo que aquilo não tem tanto valor. 
O que realmente valorizava era a presepada inventada pelo seu tosco coração, 
e por sinal, um bom trabalho, 
pois por muito tempo acreditou em tudo o que vinha de dentro.

domingo, 9 de junho de 2013

Carregando... ... ...

Agora será um processo doloroso. 
Tirar tudo e todas as lembranças que me impedem de ser feliz. 
As músicas intencionais na lista do player, 
as atualizações que me fazem submissa a uma expectativa abstrata, 
as possíveis conversas sem fundamentos 
e principalmente todas as lembranças armazenadas na nuvem mental, 
cuidadosamente guardadas na gaveta "nunca esquecerei", 
que de agora em diante moverei para a pasta de rascunho, 
até porque, talvez dê para aproveitar o verso. 
Enfim, tudo isso em prol da postura idealizada depois de muitos adiamentos. 
Se tudo der certo, não mais terei insônia, 
muito menos andarei fazendo caretas enquanto 
olho para o nada e não me dou conta que ao meu redor muitos me observam, 
e o melhor... Não mais sofrerei por cicatrizes mal curadas, 
nem votos descumpridos... 
Serei livre de toda e qualquer conivência absurdamente concedida 
por minha falta de vigilância no setor do amor próprio.

quinta-feira, 16 de maio de 2013

Em cena!


Meu afilhado me pediu para gravar suas peripécias, e foi isso que saiu. Uma pequena história de como os gatos perderam credibilidade no antiiigo Egito e foram substituídos pelos cães. Me assusta tamanha desenvoltura ao ligar a câmera, tudo foi improvisado, é perceptível na fala, pois algumas palavras ele 'come' letras, mas, a interpretação foi perfeita. A forma com que ele dá sentido à estória, gesticulando, entonando a voz, claro que não é nada profissional, mas pra uma criança que nunca teve estudo sobre teatro, dramaturgia ou semelhantes é de se apreciar. Enquanto ele não leva isso à sério, eu, daqui, dou boas gargalhadas com suas traquinagens. 

quarta-feira, 15 de maio de 2013

Que seja marcante...


Ter a consciência de que os sentimentos se transformam, seguem uma rota de desenvolvimento.

Não espere que o que foi vivido se repita, pois não repetirá, com certeza, virá demudado por algo que foi adicionado ou retirado. Aproveite todo aquele momento, sugue todos os meios de ser inesquecível, porque se ele voltar a acontecer, com certeza não será igual e se ele não vier, tudo terá sido único.

terça-feira, 14 de maio de 2013

Chore, depois levante!!


Como falar de felicidade um coração que só chora?
Como ter sonhos se todos foram pisoteados?
Como sorrir se lhe roubaram os motivos?
O sentido de viver foi ceifado pelos desafetos causados pelos seus próprios erros.
Tudo poderia ser diferente, caso fosse persistente, 
caso não tivesse trocado a moeda de ouro por um saquinho de pipocas.
E o que ganhou com isso? Um anel de plástico!
Trocou a beleza do sol pela sedução da lua. Essa que só é bela quando aparece.
...
O tempo passa para todos e ser inimigo dele é atirar no próprio pé.
Não é o tempo que nos domina, ele nos serve.
Não é a vida que nos guia, nós é que a direcionamos.
E quando há inversão de domínio, há posse de frustrações.
A fala se torna fúnebre, os pensamentos estacionam no passado 
e ruminam nas más lembranças, os sonhos são acinzentados e há perseguição contra si mesmo.
Quem deseja algo assim?!
Os acomodados, os coniventes aos problemas da vida e principalmente os que tem pena de si mesmo.


sexta-feira, 10 de maio de 2013

Ele não desiste!


Ele parece tão distante, não que seja seu desejo. A vera é que ela não consegue manter uma relação próxima. Anda cabisbaixa, sem argumentos, sem arte para se aproximar. 
Ela sabe que isso é passageiro, que errou... e feio! Até porque foi avisada da última vez que se mostrou tão sentida. 
Imagina-o de aparência triste, inconformado com os acontecimentos, no fundo Ele sabe que ela tem potencial de ser melhor, sem essas ideologias cretinas fantasiadas por uma mente torturada de promessas solúveis. 
Ele a ama de uma forma jamais sentida e mesmo que seus erros a derrubem, seria incapaz de deixá-la no chão. 
Mas, como explicar tamanho amor, a ponto de ignorar fatos em que a decepção foi predominante? 
Há de ter motivos, mas o entendimento é limitado para quem não sente o mesmo.

quinta-feira, 9 de maio de 2013

Virgularização


Se será eterno? 
quem sabe! 
Presumo que não.
Diante das dicas expostas pelo sumiço e discrição. 
...
Tenho medo de ser constante, afinal... 
há muitas probabilidades na frase 
"pelo resto da vida". 
O que acontece são vírgulas mal utilizadas, inapropriadas para o estilo textual. 
E pra quê servem as vírgulas se não para sinalizar descanso...pausa, 
fuga de algo que te toma o fôlego?
... 
Algo está errado, aliás... 
eu bem sei o que...
na verdade... eu sei de tudo! 
Sei até como por um fim, 
só não tenho competência para isso.

segunda-feira, 6 de maio de 2013

♣Ponto de partida ♣

 Talvez tenham razão. Está na hora de voltar, de calçar as sandálias da contrição, aquelas que deixei para trás e disse que não precisaria calçá-las. Agora sei porque meus pés doíam tanto, por muito tempo andei descalço, caminhando entre os abrolhos do tosco trajeto que percorri. Estrada essa que me levou à inanidade escondida entre minhas ilusões pintadas de ouro. Saí de pés nus, mesmo sabendo que estava em despreparo. Ainda que levasse toda sorte de coisas sobrevivíveis não duraria por muito tempo... teria fim. Bem sei que teria de retornar, pois mesmo estando longe tinha a aguda sensação de pertencer àquele lugar.

domingo, 5 de maio de 2013

Sofremos por quê?



Definitivo, como tudo o que é simples. 
Nossa dor não advém das coisas vividas, 
mas das coisas que foram sonhadas e não se cumpriram. 

Sofremos por quê? Porque automaticamente esquecemos 
o que foi desfrutado e passamos a sofrer pelas nossas projeções 
irrealizadas, por todas as cidades que gostaríamos de ter conhecido ao lado 
do nosso amor e não conhecemos, por todos os filhos que gostaríamos de ter 
tido junto e não tivemos,por todos os shows e livros e silêncios que 
gostaríamos de ter compartilhado, 
e não compartilhamos. 
Por todos os beijos cancelados, pela eternidade. 

Sofremos não porque nosso trabalho é desgastante e paga pouco, mas por todas 
as horas livres que deixamos de ter para ir ao cinema, para conversar com um 
amigo, para nadar, para namorar. 

Sofremos não porque nossa mãe é impaciente conosco, mas por todos os 
momentos em que poderíamos estar confidenciando a ela nossas mais profundas 
angústias se ela estivesse interessada em nos compreender. 

Sofremos não porque nosso time perdeu, mas pela euforia sufocada. 

Sofremos não porque envelhecemos, mas porque o futuro está sendo 
confiscado de nós, impedindo assim que mil aventuras nos aconteçam, 
todas aquelas com as quais sonhamos e nunca chegamos a experimentar. 

Por que sofremos tanto por amor? 
O certo seria a gente não sofrer, apenas agradecer por termos conhecido uma 
pessoa tão bacana, que gerou em nós um sentimento intenso e que nos fez 
companhia por um tempo razoável,um tempo feliz. 

Como aliviar a dor do que não foi vivido? A resposta é simples como um 
verso: 

Se iludindo menos e vivendo mais!!! 
A cada dia que vivo, mais me convenço de que o desperdício da vida 
está no amor que não damos, nas forças que não usamos, 
na prudência egoísta que nada arrisca, e que, esquivando-se do 
sofrimento,perdemos também a felicidade. 
A dor é inevitável. 
O sofrimento é opcional... 


(Carlos Drummond  de Andrade)

quinta-feira, 2 de maio de 2013

→Priorize as ações←


Conversando com um amigo (com um pouco mais de idade do que eu) percebi o esforço que temos que fazer para chegar onde queremos. Uma das frases mais marcantes desse diálogo foi: "- Quando percebi que era aquilo que eu queria, comecei a tirar tudo o que era banal da minha vida". Ele falou de uma forma muito rápida, como se fosse um parentese entre todas aquelas informações transmitidas, mas para mim foi gritante. No mesmo instante pude lembrar de todas as futilidades que sem pensar colocava ante minhas prioridades diárias, chegava a pensar que não fazia diferença se eu invertesse a ordem e fizesse o que tinha vontade primeiro e depois o que era pra ser feito. Venho fazendo isso há muito tempo, mesmo articulando mudar de comportamento. Por fim... do ''bolo de coisas ''que ele me disse, isso também me marcou:

"Kika, querer, todos querem! O que diferenciará você dos outros é a sua (contando nos dedos) força 'ativa' de vontade, sua persistência, seu comprometimento e sua disciplina. Sem isso, seu desejo só será útil para frustrações futuras. É isso que você quer? Ficar velhinha, ruminando chances desperdiçadas numa cadeira de balanço? ...E te digo mais! É melhor sacrificar 'coisinhas' que você pode deixar pra depois e se empenhar em um projeto que valha à pena do que ficar cedendo às distrações passageiras. Enquanto você está se divertindo, tem gente empenhada, ''correndo atrás do prejuízo'' agora, pra depois aproveitar todo o esforço e sacrifício feito... e você sabe que a recompensa vem dobrada."


Precisa dizer mais alguma coisa?
Pra quem 'tem culpa no cartório' (como eu), o soco foi bem no olho! kkkkk...
Então, vamos lá!
Mãos à obra!!

terça-feira, 30 de abril de 2013

Sonhos Secos


Murmura vento, dá seu parecer. De que adianta escrever o que se planejou? O tempo passou e nem começou a fazer o que tanto sonhou. Bom seria varrer esses planos, esses falhos sonhos cobertos de poeira e teia. Carece ser tão otimista assim? Rodeada de doces almejos, nem sempre percebe em seu próprio rosto a triste lágrima da incapacidade. Morre aos poucos, sem ninguém a te assistir. Tenta levar consigo a lista de coisas supostamente realizáveis adiadas anualmente, envelhecidas em seu pensar. Sonha e espera a hora da existência. E de tanta demora em conseguir, perde o brilho e a vontade de não se sabe o quê....

segunda-feira, 29 de abril de 2013

Com ou sem restrição?


Algo acontece quando fechamos uma porta, 
por medo ou por desejo, 
por frio ou pra guardar segredo, 
por vergonha ou por simples zelo, 
por estar tarde ou por privacidade. 
Mas quando as portas se abrem nem sempre é por felicidade. 
Pode ter sido invadida e saqueada. 
Sem porta não há segurança, 
a passagem é livre. 
Entra quem quer, sai se quiser.
Não há limites, nem trancas, 
muito menos convites. 
Os bons e os maus tem entrada, não há impedimentos. 
O que existe é uma abertura, uma brecha, 
um acesso, um grotesco buraco sem aparentes cuidados.

domingo, 28 de abril de 2013

O que nos move?

          Em todas as nossas ações apresentamos um sentimento, há uma frase que diz: "Não são as respostas  que movem o mundo, e sim as perguntas", não discordo (óbvio ¬¬)... observando que.. em gerações passadas era necessário questionar -infinitamente- (não que hoje em dia seja desnecessário), mas, agora que  um 'saco de coisas' foram descobertas, subentende-se que o restante é aperfeiçoado... pasmem que o mundo é uma caixinha de surpresa, ou de pandora.
    O ponto ao qual quero chegar é que nossos movimentos, reações ou atitudes são motivados por um fator, seja ele: ódio, amor, raiva, felicidade, inveja, medo, carência e seus similares. Enquanto o foco central das descobertas são baseados pela curiosidade, os outros setores são comandados ou influenciados por um motivo sentimental, ou seja, o indivíduo sente a essência motivadora e age de acordo com o que foi embalado inconscientemente a fazer, exteriorizando assim o que foi sentido. 
    Qualquer feito foi antes monitorado ou impulsionado dentro de nós pelos sentimentos. O externo é resultado do que está dentro, nada é por acaso, não há porquê's, há reações, até porque sentimentos são inexplicáveis, são vividos e ponto. Não se sabe como entrou muito menos como sairá, o jeito é conviver com o pote de sensações aleatórias.

quinta-feira, 25 de abril de 2013

"Mergulho-me"

~  Só mergulho quando há necessidade,
nem sempre ir fundo é produtivo.
É preciso voltar à superfície,
oxigenar...
e quem sabe
descobrir outros mares.  ~ 


~Refletir é sinal de sensatez.~

Em cada gota...

  Meu costume noturno de apreciação não falhou... aqui estou, insistindo em raiar, ou virar a noite... não por desafio pessoal, mas sim, pelo único prazer de curtir uma noite com chuva. No quarto é possível escutar s som relaxante da unificação de gotículas em córrego pelos telhados, mas não é suficiente. De pijama, levanto acompanhada do cobertor e abro a porta da rua. Da varanda aprecio panoramicamente o espetáculo que a natureza proporciona.
       A chuva fina em conjunto com a iluminação da rua assemelha-se a uma pintura de um quadro, mas nada se compara a visualização natural do momento. O ruído do vento, dos pequenos riachos feitos com a ajuda das calçadas, os diferentes sons provindos das bicas e telhados gotejantes englobam um cenário relaxante e reflexivo.
   
       Em pensar que cada gota é importante, me faz assimilar que os detalhes são necessários em cada setor de nossas vidas... sem detalhes, a vida seria um tremendo "garrancho". As cores não precisariam existir, muito menos as notas musicais... os dedos das mãos seriam iguais.
      Apreciemos o belo em cada circunstância, a perfeição reside nos detalhes... é possível ouvir melodia com o som da chuva, claro que, se houver sensibilidade. Tudo dependerá da direção do nosso olhar... o foco é o maior descobridor de sete mares.

sexta-feira, 19 de abril de 2013

Erros planejados

Tantas coisas que passam em meu coração. Quando lembro as tantas vezes que me diverti ao lado dos que amo, quantos micos soltos nos episódios da minha vida. Hoje vejo que para amadurecer é preciso sair do play, é necessário fazer o erro mesmo sabendo que é lá que ele mora. As experiencias só são válidas quando se inala o cheiro bom e o ruim... é dessa forma que nos sentimos completos, sem dúvidas, sem "e se.." 
É preciso gerenciar o arrependimento. Tente entender que toda ação tem uma consequência e é preciso encará-las se quiser realmente experimentar o risco de errar. A vida não terá um fim por causa de um erro cometido... terá um sentido, uma história... um aprendizado. Cabe a nós decidirmos se repetiremos a dose, afinal, como diz o interprete da canção...

(♪♫)...Nossas escolhas vão dizer pra onde iremos.

quarta-feira, 17 de abril de 2013

Um jardim e um portão

Fechei o portão, 
da varanda pude observar o outro lado da rua, 
as diferenças entre meu jardim e a decoração das flores alheias. 
Flores de alguns tipos que tive o cuidado de plantar. 
De dia, viuvinhas e joaninhas fazem suas colonias; à noite, vagalumes fazem seus caminhos. 
Assim, saio de casa satisfeita em  me deparar com tamanha beleza do pedaço de natureza que todos os dias colho com o olhar. 
Não fico muito tempo admirando, mas ao entrar ou sair pelo meu portão, é possível sorrir, é possível reciclar sentimentos, repensar  mal humor. 
As vezes, as borboletas que passam me dizem que o dia será melhor, 
não que elas sofrejem em meus ouvidos, mas sinto... 
sinto bons ventos e acredito que assim como a suavidade do bater de suas asas, 
o belo pode desabrochar no meu dia. 
Recomendaria, se não fosse ousadia, um jardim em cada lar... e até  na padaria. 
O que é bom a gente planta... 
Será que o vizinho toparia?

terça-feira, 16 de abril de 2013

Só assim desencantou...


Quem diria, depois de tantos anos inventando amorosidades, conseguiria ser tão realista com seus sentimentos. 
O que queria mesmo?! 
Só agora expôs seus desejos, os mais tímidos. 
Enfim aposentou seu livro de imaginárias estórias de fadas, despediu o príncipe encantado e seu cavalo azul-bebê, aposentou o vestido de mangas bufantes e o meigo andar de sapatilhas de cristal. 
Tudo muito cintilante e angelical, consequentemente ''disneymaginário''... influência banal. 
Jogou pra cima! 
Viveria agora sob a sombra dos rabiscos de Jorge Amado, pois, queria mesmo era ser amada. 
Limitados por aros, libertados por pouco tempo, como solstícios, mas o que não falta é tempero, vontade e aguda sensação de que bom será. 
Serão manchas no futuro, mas por agora, serão marcas correspondidas. 
Ambos preocupados pós reação existente, no meio disso tudo, foi realizável... no sorriso gesticulado tudo foi dito, e ela achava que não haveria compreensão... houve audácia, comédia e afago no peito encostado. A infinidade de coisas a serem ditas foram saciadas no silêncio do olhar. 
Nada foi perdido.

Mentira tira Encanto


Tropeças nas próprias palavras
Constroe o castelo na areia
E é  de incerteza que a onda derruba
... e o pó com água vira lama
E o seu discurso, política sem causa
E o teu encanto, teia sem aranha

Deixo de sobreaviso 
Não se admite resquícios
Desnude seu mal proceder
Sinceridade!!
Nada além da verdade
Haja como se fosse com você.

segunda-feira, 15 de abril de 2013

O Poeta Foi Feliz!




Felicidade?
Disse o mais tolo: "Felicidade não existe."
O intelectual: "Não no sentido lato."
O empresário: "Desde que haja lucro."
O operário: "Sem emprego, nem pensar!"
O cientista: "Ainda será descoberta."
O místico: "Está escrito nas estrelas."
O político: "Poder"
A igreja: "Sem tristeza? Impossível.... (Amém)"

O poeta riu de todos,
E por alguns minutos...
Foi feliz!
_______________________________________________


Uma das minhas admirações musicais. 
O Teatro Mágico
''A sociedade do Espetáculo''
''Entrada Somente para Raros''

sábado, 13 de abril de 2013

* Brilhe Mais! *


Acorda preciosa! 
Aproveita o sol que veio te iluminar. 
Aqueça seu rosto, 
revigore suas lindas memórias. 
Tens mais valor do que os lírios... 
No entanto, 
deixa que eles roubem 
os primeiros raios a ti dedicados.

quinta-feira, 11 de abril de 2013

Nem percebe...


Diante do quente café da manhã, ela se apoia na mesa. 
Lembra das mais toscas coisas que fez na sua vida, 
olha da janela, os raios de sol nos arbustos... 
Franze a testa... 
Torce os lábios... 
Muda de olhar... 
Nem percebeu que no rádio toca a música, 
aquela...
 que faz com que suas lembranças tenham mais cor...
... 
Agora sim, ela escuta... 
E volta a se apoiar na mesa.

domingo, 7 de abril de 2013

Leitura da Alma

*Retirada da internet
O instante, a pausa, a noite, o silêncio, tudo vira cilada. 
Me rendo a deixar tudo escrito, converso com minha alma. 
Serei eu rotulada com a loucura? 
Alimento-a de histórias, sopa de versos, contos modestos. 
Banho-a de criatividade, pois sua realidade é cinza e seu sorriso amarelo. 
Para ela, bloco e caneta é o mesmo que chá com biscoitos... doce sensação. 
Infeliz de quem nunca vestiu sua alma de agrados, a largos passos ela cresce e grita felicidade. 
Muitas desejam alforria, poucas tem essa alegria, raramente acontece esse milagre. 
Acham mais vantagem alimentar a carne, essa massa que logo envelhece, que murcha com o tempo.
A alma chora sua ruína, que deixar legado, mas seu dono não autoriza. 
Sente-se inútil, pensa consigo: 
Que desperdício! Prefiro a morte, do que tamanho desgosto! 
Aos poucos fenece, mas ninguém percebe. 
O dono só se preocupa com o corpo.

sábado, 6 de abril de 2013

Megerice Oficial

Se não tem condição de arcar com consequências, não mergulhe nos atos.

Palavras são como boomerang, retorna com mais força do que quando foi. 

Por uma simples mudança de conotação ou até mesmo por proposital distorção de compreensão, é possível pulverizar enormes desentendimentos. 

Animosidades são criadas pelo ''ouvi dizer que fulano é assim''...
 Pronto! 

A oportunidade de conhecimento do indivíduo é deserdada. 
Induzida pela opinião mais próxima e com certa culpa por julgar mais cômodo aderir a uma opinião formada do que analisar e formar seu próprio ponto de vista, o suposto ''parasita'' se instala em sua banheira de pseudo-informações, criando um círculo vicioso de antipatia alheia. 

O que lhe resta para um futuro não muito distante 
é promover-se ao cargo de fofoqueira.

quinta-feira, 21 de março de 2013

Aos poucos fenece...

Morre a doce intenção de ajudar o próximo, aos poucos a pura vontade vai se amargando...



...No ônibus que frequento para chegar à faculdade, as poltronas são cadastradas de acordo com a ordem de chegada que a pessoa fez a inscrição. Ninguém viaja em pé, cada um senta na poltrona que está cadastrado. Ontem pelo fato de o ônibus de outro destino quebrar, foi preciso que os estudantes viessem em nosso ônibus e ocuparam as poltronas supostamente vazias. As pessoas que sentam regularmente na poltrona, se queixaram de viajarem em pé, não sabendo que seria até o meio do caminho do destino. Uma das pessoas que ficaram em pé foi reclamar com o responsável do ônibus, esse, explicou a situação e relatou que assim como foi com eles, poderia ter sido conosco, pediu nossa compreensão, ao passo que ela replicou, reivindicando seus direitos de posse da cadeira e exclamando que se fosse no ônibus deles, com certeza nós teríamos que levantar para que eles sentassem. Nesse momento, a pessoa que estava sentada do meu lado ofereceu sua poltrona para que ela sentasse, ela, simplesmente rejeitou e em um tom bem áspero, disse que não tinha necessidade e voltou para seu lugar, cheia de ''indignação''. Ao chegar lá falou para seus ouvintes o ocorrido, como se fosse um desaforo o que ela tinha escutado.

...Agora vem a questão...

As pessoas não tem mais amor ao próximo?
O que há de errado em fazer o bem?
O que há de errado em ser cortez e solidário?

O egoísmo e o orgulho dilatam o ego das pessoas, não há mais espaço para cordialidades, as boas ações estão sendo sufocadas pela presunção. É vergonhoso para nós, seres humanos, ''racionais'' que somos, se comportar de uma forma tão 'animalesca' e contrária ao nosso natural modo de agir. Diante dos exemplos de violência 'escarrados' em nossa cara através de programas televisivos, a sensibilidade de entender um gesto solidário é vendada e tratada como um absurdo. 

As pessoas se vêem como concorrência da própria espécie, esquecem de onde viemos e pra onde vamos, esquecem que não somos melhores ou piores, somos iguais, independente de cor, idade, tamanho, religião...     É triste perceber que brigas e desentendimentos acontecem por fatos tão insignificantes, por um mal entendido ou coisa parecida. Me obrigo a pensar que os animais irracionais tem mais domínio de diálogo do que nós, 'supostamente' mais inteligentes.

quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013

O pulso da Vida


Sabe...
às vezes não acontece como a gente quer, 
o percusso toma uma direção diferente da qual foi idealizada.
E o que fazer? 
Se adaptar às surpresas da vida, 
ou nadar contra a corrente? 

A cada dia, a vida nos presenteia com uma caixinha, 
dela pode sair coisas boas e ruins. 
É preciso se preparar para a novidade apresentada. 
Driblar as decepções, as tristezas, a incapacidade
e tudo mais que vier a nos despedaçar. 

Controlar os próprios ventos e fugir de descontentamentos. 
Reciclar o que ainda pode servir, 
valorizar o que é útil e agradável, 
jogar no lixo o que não tem sabor 
e tomar cuidado com os fantasmas do passado, 
sem se esquecer do ignorar os desalmados. 

Guardar o que foi bom e aprender com o que passou. 
O hoje será ontem e o amanhã será hoje, 
não desperdice, pois tudo será memória 
e contra isso não há argumentos. 

quinta-feira, 3 de janeiro de 2013

Amado Amor



Só para fazer estragos.
O amor tem dessas, chega atrasado, mas não desiste de dizer que ama, mesmo que seja tarde. 
O amor gosta de ver, exige ver! 
Quer sentir, olhar, roubar, ele de tudo faz para ser inesquecível, mesmo sem chance de continuar o romance. Ele finge que some, até mente, se passando pela última vez, depois volta sorrindo com um caminhão de saudade para entregar pessoalmente ao destino.

E vem armado, de flores, sorrisos, lembranças, cobranças de abandono e declarações por escrito de que será processado caso não consiga mudar sua vida.
E consegue.

Ele é empenhado, apesar de ser um burrico atrasado. 
O amor sabe onde tocar, o que falar e em que medida aparecer, para que tudo aquilo seja surreal. 
O amor persegue amadamente a mente da inocente e sem aparente contrariedade, surge a reciprocidade flutuante exigida pelo amado amor.
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