" Mas ela gosta de colecionar segredos. Coisas grandes, que ela guarda dentro de uma caixinha. É doce, doce, extremamente doce, tão doce. E ela fica ali, mastigando alegrias. "
( Caio Fernando Abreu )

terça-feira, 30 de abril de 2013

Sonhos Secos


Murmura vento, dá seu parecer. De que adianta escrever o que se planejou? O tempo passou e nem começou a fazer o que tanto sonhou. Bom seria varrer esses planos, esses falhos sonhos cobertos de poeira e teia. Carece ser tão otimista assim? Rodeada de doces almejos, nem sempre percebe em seu próprio rosto a triste lágrima da incapacidade. Morre aos poucos, sem ninguém a te assistir. Tenta levar consigo a lista de coisas supostamente realizáveis adiadas anualmente, envelhecidas em seu pensar. Sonha e espera a hora da existência. E de tanta demora em conseguir, perde o brilho e a vontade de não se sabe o quê....

segunda-feira, 29 de abril de 2013

Com ou sem restrição?


Algo acontece quando fechamos uma porta, 
por medo ou por desejo, 
por frio ou pra guardar segredo, 
por vergonha ou por simples zelo, 
por estar tarde ou por privacidade. 
Mas quando as portas se abrem nem sempre é por felicidade. 
Pode ter sido invadida e saqueada. 
Sem porta não há segurança, 
a passagem é livre. 
Entra quem quer, sai se quiser.
Não há limites, nem trancas, 
muito menos convites. 
Os bons e os maus tem entrada, não há impedimentos. 
O que existe é uma abertura, uma brecha, 
um acesso, um grotesco buraco sem aparentes cuidados.

domingo, 28 de abril de 2013

O que nos move?

          Em todas as nossas ações apresentamos um sentimento, há uma frase que diz: "Não são as respostas  que movem o mundo, e sim as perguntas", não discordo (óbvio ¬¬)... observando que.. em gerações passadas era necessário questionar -infinitamente- (não que hoje em dia seja desnecessário), mas, agora que  um 'saco de coisas' foram descobertas, subentende-se que o restante é aperfeiçoado... pasmem que o mundo é uma caixinha de surpresa, ou de pandora.
    O ponto ao qual quero chegar é que nossos movimentos, reações ou atitudes são motivados por um fator, seja ele: ódio, amor, raiva, felicidade, inveja, medo, carência e seus similares. Enquanto o foco central das descobertas são baseados pela curiosidade, os outros setores são comandados ou influenciados por um motivo sentimental, ou seja, o indivíduo sente a essência motivadora e age de acordo com o que foi embalado inconscientemente a fazer, exteriorizando assim o que foi sentido. 
    Qualquer feito foi antes monitorado ou impulsionado dentro de nós pelos sentimentos. O externo é resultado do que está dentro, nada é por acaso, não há porquê's, há reações, até porque sentimentos são inexplicáveis, são vividos e ponto. Não se sabe como entrou muito menos como sairá, o jeito é conviver com o pote de sensações aleatórias.

quinta-feira, 25 de abril de 2013

"Mergulho-me"

~  Só mergulho quando há necessidade,
nem sempre ir fundo é produtivo.
É preciso voltar à superfície,
oxigenar...
e quem sabe
descobrir outros mares.  ~ 


~Refletir é sinal de sensatez.~

Em cada gota...

  Meu costume noturno de apreciação não falhou... aqui estou, insistindo em raiar, ou virar a noite... não por desafio pessoal, mas sim, pelo único prazer de curtir uma noite com chuva. No quarto é possível escutar s som relaxante da unificação de gotículas em córrego pelos telhados, mas não é suficiente. De pijama, levanto acompanhada do cobertor e abro a porta da rua. Da varanda aprecio panoramicamente o espetáculo que a natureza proporciona.
       A chuva fina em conjunto com a iluminação da rua assemelha-se a uma pintura de um quadro, mas nada se compara a visualização natural do momento. O ruído do vento, dos pequenos riachos feitos com a ajuda das calçadas, os diferentes sons provindos das bicas e telhados gotejantes englobam um cenário relaxante e reflexivo.
   
       Em pensar que cada gota é importante, me faz assimilar que os detalhes são necessários em cada setor de nossas vidas... sem detalhes, a vida seria um tremendo "garrancho". As cores não precisariam existir, muito menos as notas musicais... os dedos das mãos seriam iguais.
      Apreciemos o belo em cada circunstância, a perfeição reside nos detalhes... é possível ouvir melodia com o som da chuva, claro que, se houver sensibilidade. Tudo dependerá da direção do nosso olhar... o foco é o maior descobridor de sete mares.

sexta-feira, 19 de abril de 2013

Erros planejados

Tantas coisas que passam em meu coração. Quando lembro as tantas vezes que me diverti ao lado dos que amo, quantos micos soltos nos episódios da minha vida. Hoje vejo que para amadurecer é preciso sair do play, é necessário fazer o erro mesmo sabendo que é lá que ele mora. As experiencias só são válidas quando se inala o cheiro bom e o ruim... é dessa forma que nos sentimos completos, sem dúvidas, sem "e se.." 
É preciso gerenciar o arrependimento. Tente entender que toda ação tem uma consequência e é preciso encará-las se quiser realmente experimentar o risco de errar. A vida não terá um fim por causa de um erro cometido... terá um sentido, uma história... um aprendizado. Cabe a nós decidirmos se repetiremos a dose, afinal, como diz o interprete da canção...

(♪♫)...Nossas escolhas vão dizer pra onde iremos.

quarta-feira, 17 de abril de 2013

Um jardim e um portão

Fechei o portão, 
da varanda pude observar o outro lado da rua, 
as diferenças entre meu jardim e a decoração das flores alheias. 
Flores de alguns tipos que tive o cuidado de plantar. 
De dia, viuvinhas e joaninhas fazem suas colonias; à noite, vagalumes fazem seus caminhos. 
Assim, saio de casa satisfeita em  me deparar com tamanha beleza do pedaço de natureza que todos os dias colho com o olhar. 
Não fico muito tempo admirando, mas ao entrar ou sair pelo meu portão, é possível sorrir, é possível reciclar sentimentos, repensar  mal humor. 
As vezes, as borboletas que passam me dizem que o dia será melhor, 
não que elas sofrejem em meus ouvidos, mas sinto... 
sinto bons ventos e acredito que assim como a suavidade do bater de suas asas, 
o belo pode desabrochar no meu dia. 
Recomendaria, se não fosse ousadia, um jardim em cada lar... e até  na padaria. 
O que é bom a gente planta... 
Será que o vizinho toparia?

terça-feira, 16 de abril de 2013

Só assim desencantou...


Quem diria, depois de tantos anos inventando amorosidades, conseguiria ser tão realista com seus sentimentos. 
O que queria mesmo?! 
Só agora expôs seus desejos, os mais tímidos. 
Enfim aposentou seu livro de imaginárias estórias de fadas, despediu o príncipe encantado e seu cavalo azul-bebê, aposentou o vestido de mangas bufantes e o meigo andar de sapatilhas de cristal. 
Tudo muito cintilante e angelical, consequentemente ''disneymaginário''... influência banal. 
Jogou pra cima! 
Viveria agora sob a sombra dos rabiscos de Jorge Amado, pois, queria mesmo era ser amada. 
Limitados por aros, libertados por pouco tempo, como solstícios, mas o que não falta é tempero, vontade e aguda sensação de que bom será. 
Serão manchas no futuro, mas por agora, serão marcas correspondidas. 
Ambos preocupados pós reação existente, no meio disso tudo, foi realizável... no sorriso gesticulado tudo foi dito, e ela achava que não haveria compreensão... houve audácia, comédia e afago no peito encostado. A infinidade de coisas a serem ditas foram saciadas no silêncio do olhar. 
Nada foi perdido.

Mentira tira Encanto


Tropeças nas próprias palavras
Constroe o castelo na areia
E é  de incerteza que a onda derruba
... e o pó com água vira lama
E o seu discurso, política sem causa
E o teu encanto, teia sem aranha

Deixo de sobreaviso 
Não se admite resquícios
Desnude seu mal proceder
Sinceridade!!
Nada além da verdade
Haja como se fosse com você.

segunda-feira, 15 de abril de 2013

O Poeta Foi Feliz!




Felicidade?
Disse o mais tolo: "Felicidade não existe."
O intelectual: "Não no sentido lato."
O empresário: "Desde que haja lucro."
O operário: "Sem emprego, nem pensar!"
O cientista: "Ainda será descoberta."
O místico: "Está escrito nas estrelas."
O político: "Poder"
A igreja: "Sem tristeza? Impossível.... (Amém)"

O poeta riu de todos,
E por alguns minutos...
Foi feliz!
_______________________________________________


Uma das minhas admirações musicais. 
O Teatro Mágico
''A sociedade do Espetáculo''
''Entrada Somente para Raros''

sábado, 13 de abril de 2013

* Brilhe Mais! *


Acorda preciosa! 
Aproveita o sol que veio te iluminar. 
Aqueça seu rosto, 
revigore suas lindas memórias. 
Tens mais valor do que os lírios... 
No entanto, 
deixa que eles roubem 
os primeiros raios a ti dedicados.

quinta-feira, 11 de abril de 2013

Nem percebe...


Diante do quente café da manhã, ela se apoia na mesa. 
Lembra das mais toscas coisas que fez na sua vida, 
olha da janela, os raios de sol nos arbustos... 
Franze a testa... 
Torce os lábios... 
Muda de olhar... 
Nem percebeu que no rádio toca a música, 
aquela...
 que faz com que suas lembranças tenham mais cor...
... 
Agora sim, ela escuta... 
E volta a se apoiar na mesa.

domingo, 7 de abril de 2013

Leitura da Alma

*Retirada da internet
O instante, a pausa, a noite, o silêncio, tudo vira cilada. 
Me rendo a deixar tudo escrito, converso com minha alma. 
Serei eu rotulada com a loucura? 
Alimento-a de histórias, sopa de versos, contos modestos. 
Banho-a de criatividade, pois sua realidade é cinza e seu sorriso amarelo. 
Para ela, bloco e caneta é o mesmo que chá com biscoitos... doce sensação. 
Infeliz de quem nunca vestiu sua alma de agrados, a largos passos ela cresce e grita felicidade. 
Muitas desejam alforria, poucas tem essa alegria, raramente acontece esse milagre. 
Acham mais vantagem alimentar a carne, essa massa que logo envelhece, que murcha com o tempo.
A alma chora sua ruína, que deixar legado, mas seu dono não autoriza. 
Sente-se inútil, pensa consigo: 
Que desperdício! Prefiro a morte, do que tamanho desgosto! 
Aos poucos fenece, mas ninguém percebe. 
O dono só se preocupa com o corpo.

sábado, 6 de abril de 2013

Megerice Oficial

Se não tem condição de arcar com consequências, não mergulhe nos atos.

Palavras são como boomerang, retorna com mais força do que quando foi. 

Por uma simples mudança de conotação ou até mesmo por proposital distorção de compreensão, é possível pulverizar enormes desentendimentos. 

Animosidades são criadas pelo ''ouvi dizer que fulano é assim''...
 Pronto! 

A oportunidade de conhecimento do indivíduo é deserdada. 
Induzida pela opinião mais próxima e com certa culpa por julgar mais cômodo aderir a uma opinião formada do que analisar e formar seu próprio ponto de vista, o suposto ''parasita'' se instala em sua banheira de pseudo-informações, criando um círculo vicioso de antipatia alheia. 

O que lhe resta para um futuro não muito distante 
é promover-se ao cargo de fofoqueira.
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